Mercado imobiliário: Após anos de crescimento ininterrupto, o mercado imobiliário está em desaceleração. Os dados mais recentes do mercado imobiliário no Brasil também indicam que há uma desaceleração em curso, embora analistas considerem que a deterioração não seja tão grave.
Os lançamentos de novos projetos imobiliários cresceram 2,4% no segundo trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021.
O barômetro de fevereiro de 2023 da associação Les Prix Immobiliers (LPI), mantido por vários bancos e redes de imobiliárias, indica que os preços, todas as regiões e todos os imóveis combinados, caíram 1,4% nos últimos três meses.
Mercado imobiliário sofre com Taxa de Juros
As vendas líquidas tiveram leve baixa de 0,6% na mesma base de comparação. Este foi o primeiro recuo trimestral visto nos últimos dois anos. A grande diferença é que mais da metade do mercado imobiliário brasileiro conta com taxa de juros subsidiada.
Os recursos usados para isso são oriundos do FGTS e voltados para famílias de classes baixas e médias por meio do Casa Verde e Amarela (CVA).
O programa é responsável por cerca de 55% a 60% dos lançamentos e vendas do País. Dentro dele, as taxas vão de 5,25% a 8,16% ao ano, dependendo da faixa de renda da população atendida.
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No mercado, porém, há preocupação que ainda possa ocorrer uma freada do mercado imobiliário, a ponto de elevar os níveis de unidades em estoque para um patamar preocupante. Atualmente, os volumes de estoque de poucas companhias, como EZTec e Mitre, chamam a atenção de analistas.
Na ponta compradora, consumidores se mostram um pouco mais cautelosos após o reflexo, no custo do crédito imobiliário, de 12 aumentos consecutivos da taxa básica de juros, a Selic.
Imóvel na planta ou em construção?
Em média, ao longo de um ano e meio, os juros do financiamento habitacional passaram de 6,5% mais TR para 9,5% mais TR (taxa referencial).
Quem compra um imóvel na planta ou em construção paga parcelas corrigidas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) para a incorporadora até o momento das chaves.
A partir daí, a dívida do cliente é repassada para um banco e indexada por uma taxa de crédito imobiliário. Entre as grandes economias mundiais, o Brasil foi a que que puxou a fila dos aumentos de juros para controlar a inflação.
ApVale News: Robson Soares