Carregador de Celular: Muitas pessoas fazem isto: antes de irem dormir, deixam o celular carregando, para que na manhã seguinte ele tenha a bateria cheia e consiga aguentar mais um dia de utilização.
Há quem se questione: será que, optando por esta solução, os nossos carregadores passam a noite inteira a consumir energia, mesmo depois de os celulares estarem já completamente carregados?
Especialistas dizem que o consumo é muito baixo, não tendo um peso relevante naquela que é a fatura energética.
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Dito isto, salientam também que, se juntarmos este a outros consumos similarmente irrisórios, de repente ficamos com um pequeno conjunto de gastos que valerá a pena pensarmos em eliminar.
Carregador de Celular estão “sempre em modo de alerta”
Pedro Nunes, da associação ambientalista Zero, esclarece que “os equipamentos com bateria têm um descarregamento residual, que vai acontecendo sempre”.
O especialista diz isto para explicar que os carregadores dos nossos celular, mesmo quando estes já estão com a bateria cheia, estão “sempre em modo de alerta”.
As baterias da maior parte dos aparelhos modernos deixam de carregar quando estão cheias, mas o carregador volta a alimentar o equipamento quando a carga cai para os 99%.
Isto significa que, mesmo após o carregamento propriamente dito, continua a haver um consumo de energia. Não que este seja imenso, diz Pedro Nunes.
Enquanto a carga ainda está a chegar aos 100% o consumo do carregador fixa-se nos cinco a dez watts de energia, estima-se.
Depois do celular estar totalmente carregado, o carregador começa a “funcionar a meio gás”, caindo o consumo para os “dois a três watts” (já agora: se um carregador estiver ligado à tomada sem estar conectado a um aparelho, o valor ronda os 0,5 watts, de acordo com o especialista da Zero).
Gasto é bastante pequeno
O gasto é bastante pequeno, admite. “Se eu tiver um equipamento a consumir 1000 watts (um aquecedor a óleo, por exemplo), ele terá, ao final de uma hora, gasto um quilowatt-hora.
O custo disso são mais ou menos 20 cêntimos (claro que isto varia consoante o fornecedor de energia).
Comparativamente, dois a três watts são uma coisa muito baixinha, mesmo irrisória.”
Miguel Sequeira, membro do Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade (Cense), recomenda aos donos de aparelhos com essa funcionalidade que ativem a opção “carregamento inteligente”, que em tese permite prolongar o tempo de vida útil das baterias.
Também há equipamentos que dão ao utilizador a possibilidade de não os carregarem até aos 100%.
“As baterias não gostam de extremos”, explica Pedro Nunes, dizendo que, por motivos químicos, o melhor é a carga estar sempre entre os 20 e os 80-85%.
Em suma: deixarmos os nossos celulares a noite inteira a carregar não é algo que se traduza numa fatura abismal.
Mas talvez possa valer a pena repensarmos a forma como nos relacionamos com as nossas tomadas.
ApVale News: Robson Soares