Anos 90: uma década em que barriga de fora estava na moda, bandas de jovens garotos eram populares e a internet ainda estava engatinhando. Serviços de streaming sob demanda, como o Netflix, ainda eram um sonho distante.
Mas a gigante da mídia está voltando seu foco para a última década do último milênio com sua nova série That ’90s Show − uma sequência de That ’70s show, a comédia adolescente de sucesso que foi ao ar na emissora americana Fox de 1998 a 2006.
O programa original focava em Eric e sua namorada Donna, e muitas cenas mostraram os dois fumando maconha com seus amigos no porão da casa dos pais de Eric. A série lançou as carreiras cinematográficas de Ashton Kutcher e Mila Kunis.
Flashbacks de moda dos anos 90
Na sequência da série, lançada em 19 de janeiro, o ano é 1996, e Leia, filha de Eric e Donna, está passando o verão com os avós.
A casa deles e, portanto, o cenário da série, permaneceram inalterados − e uma nova geração de adolescentes passa o tempo no mesmo porão, fumando maconha e bebendo álcool.
Mas com a mudança geracional vem uma mudança na moda: as tendências de roupas dos anos 90 incluíam blusinhas curtas que mostravam a barriga, leggings e jeans desgastados.
O programa mantém o clima nostálgico ao trazer de volta algo que já saiu de moda nas sitcoms: risadas para simular a reação de um público de estúdio que não está presente.
Claro, uma década é definida por mais do que suas modas. A década de 90 começou com uma onda de otimismo geral no Ocidente, graças à queda do Muro de Berlim, o colapso da União Soviética e, com esses eventos, o fim da Guerra Fria.
Para muitos, parecia que uma nova era havia começado, uma que prometia maior liberdade, prosperidade e paz.
Ascensão de gêneros musicais
O som musical da década incluía outros gêneros também. O rap, que começou refletindo a vida dos negros nos bairros mais pobres das cidades americanas, tornou-se global. Jovens fãs de rock insatisfeitos encontraram expressão no grunge com bandas como Nirvana e Pearl Jam.
Seus adeptos expressaram uma postura anti-establishment e contra o comercialismo inspirada no punk − apenas para ver sua antimoda preferida de camisas de flanela e cardigãs vintage serem apropriados novamente pelo complexo industrial da moda.
Esses dois gêneros musicais contrastavam com o que vinha da Europa na década de 90.
Inspirados pelo techno, os produtores musicais deram um toque pop à dance music eletrônica, resultando no eurodance, liderado por artistas como o sueco Dr. Alban, Whigfield da Dinamarca e 2 Unlimited da Holanda.
A Alemanha foi representada por Scooter, cujas faixas como Hyper Hyper e How Much is the Fish os tornaram a terceira maior exportação musical do país depois de Rammstein e Scorpions.
Anos 90 no cinema
A indústria cinematográfica dos anos 90 também estava ansiosa para experimentar novas tecnologias. Em 1993, Jurassic Park, de Steven Spielberg, usou o que havia de mais moderno em efeitos especiais digitais para contar uma história sobre o lado sombrio de reviver o passado.
Desde então, tornou-se uma franquia de filmes, contando com nostalgia e dinossauros cada vez mais realistas para emocionar o público.
‘Jurassic Park’ foi lançado em 1993, tornando-se um clássico cult e uma franquia de sucesso. Quem também emocionou o público nos anos 90 foi o diretor Quentin Tarantino, cujo Pulp Fiction, de 1994, tornou-se um cult.
Parte de seu apelo veio de como ele mergulhou profundamente na nostalgia, desde a trilha sonora retrô do filme até o retorno do ex-galã John Travolta.
A famosa cena de dança entre Uma Thurman e Travolta foi um aceno para as atuações do ator nos filmes de dança dos anos 1970: Os Embalos de Sábado à Noite e Grease − Nos Tempos da Brilhantina.
Um novo protagonista decolou nos anos 90: Brad Pitt. Essa década lançou as bases para sua carreira global, começando com um papel pequeno, mas notável, em Thelma & Louise.
Ele estrelou Entrevista com o Vampiro, Seven − Os Sete Crimes Capitais e Clube da Luta. E ele continua em cena, tendo conquistado um Oscar de Melhor Ator em 2020 por Era uma vez em Hollywood, de Tarantino.
ApVale News: Aline Felix com DW
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